
O mercado financeiro é caracterizado pela negociação de ativos financeiros, como ações, títulos públicos e privados, moedas estrangeiras, entre outros. Além disso, tal mercado é influenciado por múltiplos fatores, como, por exemplo, mudanças ocorridas na economia, políticas governamentais, crises à níveis internacionais, mas, sobretudo, pelas chamadas “bolhas”. Por conta dos prejuízos que elas podem causar, é fundamental que os investidores sejam cautelosos e estejam alerta para esses eventos, por isso falaremos da Tulipomania.
Aliás, para conseguir explicar sobre as bolhas, precisamos passar por uma história muito importante antes: a “Bolha das Tulipas” ou “Tulipomania”, primeira bolha financeira que se tem conhecimento. E se engana quem pensa que esse nome se trata apenas de um apelido. Na realidade, esse caso ocorreu na Holanda, no século XVII, quando o mercado foi de fato agitado negativamente pelas flores que são um dos símbolos do país. No decorrer desse texto, nós te explicamos esse ocorrido em detalhes e, ao final, pontuamos as lições deixadas por ele, que reverberam até hoje em quem se interessa pela área de investimentos.
O que é uma bolha financeira?
Uma bolha financeira (comumente chamada, também, de especulativa) é o nome designado ao fenômeno ocorrido quando há uma supervalorização de um ativo financeiro, quando há expectativas de ganhos futuros ou até mesmo de uma euforia irracional do mercado. Essa supervalorização, muitas vezes, acaba gerando um aumento exacerbado dos preços do ativo em questão, criando, assim, uma demanda excessiva e até artificial por ele – tornando-o cada vez mais caro.
Em um determinado momento, porém, o mercado pode perceber que o preço está muito acima do valor real e, então, os investidores começam uma venda em massa, o que leva à uma queda brusca nos altos preços em um curto período de tempo.
As bolhas especulativas são consideradas bastante perigosas e são motivo de grande cautela, uma vez que podem resultar em perdas significativas para os investidores que não conseguem identificar o momento certo de comprar e vender seu ativo no mercado. Em função disso, é essencial uma análise minuciosa e ponderada para evitar investir em ativos que estejam apresentando comportamentos especulativos. Além disso, também é muito importante ter uma visão de longo prazo e fazer investimentos em ativos diversificados, sempre contando com o auxílio de profissionais qualificados e aptos para tomar as decisões mais adequadas que sejam compatíveis com seu perfil de investidor.
História da Bolha das Tulipas holandesas

Talvez a mais conhecida e famosa das bolhas especulativas da história, a Tulipomania, como dito anteriormente, aconteceu em território holandês, quando iniciou-se a importação de tulipas do Império Ortomano (atual Turquia). Rapidamente, as flores se tornaram muito populares entre a nobreza e a classe média holandesa. Elas eram vistas como um símbolo de status e eram diretamente relacionadas à riqueza e, devido a isso, os preços começaram a escalonar em um curto período de tempo em função da grande demanda da época.
Em um determinado momento, o preço das flores em questão tornou-se tão elevado que os bulbos (parte da flor que é plantada) chegaram a ser vendidos por valores que equiparavam-se ao de casas e terrenos. Apesar disso, essa supervalorização era advinda apenas em expectativas de lucros posteriores no futuro, e não havia nenhum respaldo justificável para os altos valores.
Tal bolha estourou no ano de 1637, o que levou o preço das tulipas a uma queda abrupta e sem precedentes. Muitos investidores perderam tudo (ou grande parte) do que haviam investido anteriormente, enquanto outros ficaram endividados para pagar pelas tulipas que compraram quando os preços ainda estavam exorbitantes. Desde então, esse episódio tem sido estudado por economistas e investidores como um alerta para os perigos da especulação financeira e da falta de fundamentos sólidos para a valorização dos ativos.
A Bolha das Tulipas é um exemplo clássico de como a especulação pode levar a comportamentos irracionais do mercado, e como o preço dos ativos pode se distanciar completamente de seu valor real.
Por que a tulipomania deu errado e o que ela nos ensinou?
Dentre as principais razões que justificam o fracasso da Tulipomania, está a falta de fundamentos sólidos para grande valorização dos ativos, além da crescente especulação e da euforia do mercado sem racionalidade previamente mencionada. Como não havia uma real escassez de tulipas, o preço não deveria ter se elevado tanto, mas a demanda artificial criada pela especulação culminou em preços cada vez mais altos e, mais tarde, uma desvalorização agravada e inesperada.
Todo esse episódio é considerado ainda hoje como um dos mais marcantes da história financeira a nível mundial, e nos ensina na prática que ativos cujo único intuito do público comprador é a venda posterior (por um preço maior do que o comprado, diga-se de passagem) não costumam dar certo no longo prazo. Seja no século 17, seja no século 21.
Por fim, deu para entender bem o que foi a Bolha das Tulipas e como as bolhas financeiras surgem no mercado? Para ver semanalmente mais conteúdos como esse não deixe de acompanhar nosso Blog e as redes sociais da Phygo!
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