Há duas maneiras pelas quais o patrimônio de um investidor em ações pode aumentar. A primeira é através da valorização das ações. A segunda, por meio da distribuição de parte do lucro das empresas de capital aberto nas quais ele investe, juros sobre capital próprio e os dividendos.
Os proventos, sendo os dividendos e JCP (juros sobre capital próprio) os mais populares, estão diretamente ligados ao lucro das empresas ou fundos e são uma maneira de atrair e remunerar investidores e cotistas. É por isso que quem planeja investir na bolsa de valores a longo prazo deve ter conhecimento sobre esses termos e suas aplicações.
Neste artigo, você vai entender a diferença entre dividendos e juros sobre capital próprio, bem como os benefícios e as limitações de cada opção.
O que são dividendos?
Dividendos são uma parcela dos lucros de uma empresa que é distribuída aos seus acionistas. Esses pagamentos podem ser feitos regularmente, geralmente a cada trimestre, e o valor recebido é proporcional à quantidade de ações que o acionista possui na empresa. Como mencionado anteriormente, os dividendos são uma forma de remunerar os investidores que possuem participação na empresa e também podem ser uma indicação da saúde financeira da companhia. É importante ressaltar que todas as empresas que negociam ações na bolsa são obrigadas a realizar o pagamento de dividendos. No entanto, a legislação não estipula um percentual mínimo que as companhias devem distribuir. Essa informação deve estar presente no estatuto social da empresa, juntamente com a frequência em que os dividendos serão pagos.

O que são juros sobre capital próprio?
Os juros sobre capital próprio surgiram na década de 1990 como uma forma de dividendos utilizada pelas empresas de capital aberto com o objetivo de reduzir a carga tributária, estratégia que é vista como um artifício contábil para pagar menos impostos.
Em resumo, os JCP são uma forma de remuneração aos acionistas de uma empresa que consiste no pagamento de juros calculados sobre o capital investido na companhia. Esses juros são uma despesa financeira para a companhia e, por isso, podem ser deduzidos do Imposto de Renda.
No final das contas, é o investidor quem arca com a tributação sobre os juros sobre capital próprio, que são tributados em 15% sobre o valor recebido e declarados no imposto de renda. Vale ressaltar também que os JCP não podem ultrapassar 50% do lucro líquido do período contábil em questão.
Afinal, qual a diferença entre dividendos e JCP?
Com base no explicado até aqui, a diferença chave entre os dividendos e os JCP está relacionada à tributação. Dividendos são calculados com base no lucro líquido da empresa e, por isso, não são taxados duas vezes. Ou seja, eles são uma fonte de renda livre de imposto de renda para quem investe. Já os juros sobre capital próprio são um pouco diferentes. Quando o dinheiro cai na conta do investidor, ele é responsável por pagar o imposto devido. É verdade que a alíquota é de 15%, mas ainda assim é importante lembrar que os JCP são tributados na fonte.
Uma diferença importante é que os JCP possuem uma limitação quanto ao seu valor máximo, que é de 50% do lucro líquido do período contábil da empresa levada em consideração. Por outro lado, tal regra não se aplica aos dividendos, uma vez que eles não têm uma limitação específica em relação ao seu valor máximo.
Outro ponto é que o pagamento de dividendos é uma obrigação para a empresa, enquanto o pagamento dos juros sobre capital próprio é facultativo. De maneira geral, as empresas utilizam os JCP como uma forma de remunerar os investidores e atrair novos interessados para o negócio. É como um convite para os investidores se juntarem para investir no negócio.

Juros sobre capital próprio ou dividendos, qual o melhor?
Nem sempre a escolha mais vantajosa é a que oferece isenção de impostos. A decisão deve ser baseada na análise de cada empresa em que o investidor deseja se tornar acionista. Algumas empresas oferecem juros sobre capital próprio mais vantajosos do que os dividendos, ou até mesmo ambas as opções.
Se a estratégia do investidor é focar em dividendos, é importante fazer uma análise minuciosa dos pagamentos de lucros da empresa ao longo de um período de, pelo menos, um ano. Isso porque algumas empresas podem estar sujeitas a variações sazonais, como as do setor turístico, por exemplo. Ignorar esses fatores pode levar o investidor a tomar decisões equivocadas.
Se a estratégia tiver enfoque nos JCP, é fundamental estudar bem as empresas em que deseja investir, avaliando seu histórico de distribuição de lucros, sua situação financeira e seu potencial de crescimento. Também é importante lembrar que a diversificação da carteira de investimentos é essencial para equilibrar os riscos e garantir melhores resultados a longo prazo. Agora que você já conhece as diferenças entre dividendos e JCP, está pronto para criar estratégias que incluam o recebimento desses proventos na sua carteira.
Lembrando que é importante levar em conta o seu perfil e objetivos, analisar as opções disponíveis e manter a diversificação, como uma espécie de malabarismo financeiro, onde a variedade de ativos é a chave para um desempenho equilibrado e de sucesso. E se precisar de ajuda nas decisões que envolvem sua carteira de investimentos, conte com a Phygo!
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