A tecnologia dos dias atuais nos permite viajar o mundo sem sair de casa. Aliás, ela nos permite investir em outros países sem precisar sair do nosso. Mas, você sabia que alguns investidores, ao invés de aproveitar esse privilégio, acabam deixando de investir no exterior para apenas comprar ativos locais?
Esse comportamento é conhecido como Home Bias e acredita-se que ele surgiu devido à dificuldade de realizar investimentos fora do país e também causados pela desinformação antigamente. Se quiser saber como driblar o Home Bias, continue a leitura.
Como o Home Bias afeta seus investimentos
Hoje em dia, com o acesso à informação, a ativos financeiros em qualquer corretora de investimentos e também o conhecimento de profissionais especializados em investimentos, já é possível monitorar e investir de maneira mais fácil fora do país de origem sem precisar se deslocar fisicamente para isso.
Mesmo diante disso, alguns investidores preferem continuar investindo apenas em ativos do país de origem, perdendo uma vasta oportunidade de lucratividade proporcionada por diferentes inflações, volatilidades e uma diversificação geográfica completa.
É importante dizer que não há nada de errado em permanecer investindo localmente. Entretanto, investidores que não se abrem para ultrapassar essas fronteiras estão deixando de aproveitar a oportunidade de, muitas vezes, multiplicar sua carteira de investimentos.
Segundo Daniel Martins, presidente executivo e cogestor de portfólio da gestora Geo Capital, em entrevista para o E Investidor, as empresas brasileiras representam apenas 1% do valor de mercado de todas as companhias globais. Deixar de investir em outros países, portanto, é deixar para trás 99% das empresas do mundo!
Outro ponto relevante é que concentrar seus ativos apenas no mercado interno, deixa o investidor exposto a apenas uma política e uma economia, deixando a carteira mais volátil em relação a uma carteira diversificada. Imagine se o Brasil começa a enfrentar sérios problemas econômicos enquanto países europeus ou o mercado americano estão em ascensão. Você estaria completamente exposto apenas à economia brasileira, perdendo a estabilidade que os países da Europa poderiam proporcionar aos seus investimentos.
De acordo com um estudo da JP Morgan Asset Management, brasileiros têm uma exposição média a mercados estrangeiros de apenas 10%. Isso é significativamente menor do que investidores de outros países desenvolvidos, que se expõem em média cerca de 30%.
Conquiste uma carteira globalizada e esqueça o Home Bias
O primeiro passo para deixar o Home Bias, se este for o seu desejo, para trás é adquirir conhecimento suficiente sobre o mercado externo, quais ativos estão disponíveis, maneiras de dolarizar seu patrimônio, conhecer investidores do país de interesse e qual a cultura de investimento deles. Observar o comportamento de investidores e investimentos fará com que você ganhe confiança de assumir mais riscos.
Os investidores brasileiros que desejam reduzir o home bias também podem considerar algumas estratégias como: investir em fundos internacionais, ETFs ou ações estrangeiras diretamente. Ao adquirir ativos de regiões e setores econômicos diferentes, você diminui as chances de prejudicar a rentabilidade da sua carteira caso um destes locais tenha qualquer problema.
Abaixo, algumas opções que você pode utilizar:
Fundos de Investimento Internacional
Os FIIs, além de investirem em ativos de países estrangeiros, podem aplicar em ações, renda fixa, imóveis ou outros ativos. Dessa forma, eles são uma ótima opção de diversificação. Além disso, são acessíveis e garantem uma boa rentabilidade ao investidor. No entanto, para escolher o fundo mais adequado para seu perfil, é essencial que você esteja atento aos seus objetivos financeiros. Por fim, contar com a orientação de um profissional especializado pode ser uma decisão estratégica para maximizar seus retornos.
ETFs (Exchange Traded Funds)
Os ETFs, traduzindo livremente, são fundos negociados em bolsa. Esses fundos são investimentos que usam os índices da bolsa como referência, como o Ibovespa, por exemplo, e são negociados na própria bolsa de valores como se fossem ações. Isso faz com que sejam mais acessíveis e flexíveis ao investidor do que os fundos normais.
Ações estrangeiras
Você também pode investir diretamente em ações estrangeiras, adquirindo ações de empresas listadas em bolsas de valores de outros países. Essa opção oferece mais flexibilidade aos investidores, mas também envolve mais riscos. Para que isso seja possível, você precisa abrir uma conta em uma corretora estrangeira que cuidará da compra e venda das ações, assim como converter a moeda. Um profissional especializado pode te orientar a como fazer esse trâmite.
Lembre-se de que a escolha da melhor opção de investimento é feita através das necessidades e objetivos do investidor. Se o investidor é iniciante, uma boa ideia é começar com FIIs ou ETFs. Esses fundos oferecem uma diversificação maior e são administrados por profissionais especializados.
Conclusão
Investir em fundos estrangeiros pode ser uma ótima maneira de diversificar sua carteira e aumentar seu potencial de retorno. Então, é preciso entender os riscos envolvidos e ter sempre em mente os seus objetivos e o seu perfil de investimento. Para ganhar confiança, como já falamos, estude bastante sobre o país estrangeiro de seu interesse. Antes de investir em qualquer fundo, faça sua pesquisa, entenda os riscos, leia atentamente o prospecto do fundo e analise a performance dele no passado. E, claro, não deixe de consultar um especialista como a Phygo Gestão de Ativos para te orientar e assessorar no que for necessário.
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